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Pollock técnica discricao


O trabalho de Pollock nos convida à contemplação. É no silêncio da atitude contemplativa que sua obra se coloca tão fortemente e se impõe diante dos nossos olhos, invadindo o espaço à sua volta, nesse ato sem palavras, na impossibilidade do dizer. Qualquer linguagem, numa tentativa de exprimi-lo, torna- se vazia e meramente especulativa, restringindo-o e transformando-o.
A pintura essencial, que unia o gesto de pintar e o de desenhar no seio de uma técnica automática, que não reproduzia os movimentos dos dedos, mas os do punho e do braço, processo entabulado por Kandinsky e Mondrian e continuado e desenvolvido por Pollock, é ainda objeto de pesquisa de alguns artistas em seus ateliês.
O fato é que Pollock soube reunir duas grandes tradições modernas, a integridade estrutural do Cubismo e a maneira puramente ótica e pictórica do pós- impressionismo, o que atesta seu gênio, não só como inovador, mas também como homem de síntese. 


A tinta era arremessada sobre o pano. Sob a forma de uma energia fabulosa, os “drippings”, produzidos entre 1947 a 1951, foram parte radicalmente nova de sua produção.
A atuação do “action painter” visava à conversão da tinta em massa e matéria, não sendo apenas puro movimento. Ao colocar a lona no chão, além de afastar as horizontais e verticais que o balizariam,  

Desenvolveu uma técnica de pintura, criada por Max Ernst, o 'dripping' (gotejamento), na qual respingava a tinta sobre suas imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. Pollock foi muito importante para o 'dripping'; o quadro "UM" é um exemplo dessa técnica. Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro. Pollock parte do zero, do pingo de tinta que deixa cair na tela elabora uma obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete, Pollock também não usa mais pincéis.
A arte de Pollock combina a simplicidade com a pintura pura e suas obras de maiores dimensões possuem características monumentais. Com Pollock, há o auge da pintura de ação (action painting). A tensão ético-religiosa por ele vivida o impele aos pintores da Revolução mexicana. Sua esfera da arte é o inconsciente: seus signos são um prolongamento do seu interior. Apesar de ter seu trabalho reconhecido e com exposições por vários países do mundo, Pollock nunca saiu dos Estados Unidos. Morreu em um acidente de carro em 11 de agosto de 1956. Foi sepultado no Green River CemeteryCondado de SuffolkNova IorqueEstados Unidos.[2]